O adestramento ou dressage (que deriva da palavra francesa dresser, que significa "treinar") é uma das três modalidades eqüestres olímpicas, regulada pela Federação Eqüestre Internacional (FEI). O objetivo geral do Adestramento é auxiliar o cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios, a capacidade de
executar todos os seus movimentos naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento ao cavaleiro e, portanto, agradável
de se montar.
Partindo deste princípio, em tese todo cavalo de sela deveria receber tal treinamento, mesmo em nível básico. Os cavalos
destinados à competição necessitam, porém, de treinamento avançado, que é realizado em escalas, do iniciante ao Grand Prix
(Grande Prêmio).
Animais que atingem tal nível de treinamento devem dar a impressão de "flutuar" pela pista sem o auxílio do seu cavaleiro,
com os movimentos mais complexos realizados sem esforço aparente. Por isso, a modalidade é muitas vezes conhecida como "Ballet
Eqüino".
As origens do adestramento se encontram nos escritos de Xenofonte, da Grécia Antiga, que pregava o treinamento dos cavalos sem violência e seguindo sua movimentação natural. Não se sabe se
os célebres cavaleiros da Idade Média seguiam seus métodos, embora isso seja pouco provável - aparentemente, o controle dos
animais era feito através de embocaduras extremamente severas, esporas violentas e exaustão física.
Durante o Renascimento europeu, os princípios gregos de Xenofonte foram revividos e a Equitação Clássica se tornou um dos principais passatempos
dos reis e nobres. Estes passaram, então, a criar cavalos que possuíssem maior facilidade de executar os movimentos deles
exigidos e desenvolver embocaduras e selas mais adequadas à modalidade. Até hoje, os cavalos da Escola Espanhola de Equitação de Viena e da Escola Nacional de Equitação de Saumur, na França, são treinados de acordo com tais ensinamentos e apresentados com equipamentos idênticos aos da época.